interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Friday, March 09, 2007

Aeromóvel


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Quando estudante, eu tive palestra com o criador deste projeto, o engenheiro Koester. Indagado por que ou por quais razões (políticas) o projeto não saiu do papel, ou melhor, da plataforma de exposição ao ar livre em que está até hoje, ele só deu uma risadinha e disse que não podia falar nisso... Bem, parece que os ventos estão mudando. Ainda mais que o bicho utiliza ar para se deslocar, como um aspirador de pó expirando...



"Aeromóvel” gaúcho está prestes a sair do papel


Na década de 80, foi lançado em Porto Alegre um “aeromóvel”, espécie de trem suspenso, movido a ar, que nunca chegou a entrar em operação permanente. Estima-se que cerca de US$ 6 milhões foram gastos na montagem do protótipo, que hoje ainda jaz ao sol das margens do rio Guaíba, completamente abandonado. Para tirar o aeromóvel da paisagem porto-alegrense e colocá-lo em funcionamento, a Pontifícia Universidade Católica do RS e a Universidade Federal do Estado, se uniram à empresa Aeromovel do Brasil S.A. (ABSA), detentora da patente da tecnologia. Nesta quinta-feira, foi oficializado o projeto, que contará com R$ 3,4 milhões concedidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Juntas, as duas universidades vão disponibilizar 58 pesquisadores, 40 bolsistas e dez laboratórios para que o aeromóvel seja desenvolvido.
O trabalho será dividido em duas etapas. Nos primeiros doze meses, o veículo será projetado, o trajeto será avaliado e serão estudadas formas de garantir a segurança dos usuários. Depois de três anos, uma linha com mais de 2 quilômetros deverá interligar o Campus Central da PUC-RS, o Parque Esportivo e o Hospital São Lucas, com seis estações em pontos estratégicos de circulação. “O objetivo final é montar um veículo que circule por diversos pontos da cidade”, comenta Jorge Audy, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da PUC-RS. Os veículos serão projetados para uma capacidade de até 30 passageiros, com funcionamento permanente. “A função será de uma linha alimentadora, não voltada ao transporte de massa, mas para suprir espaços em que inexistem outros meios para o deslocamento”, informa Marcus Coester, diretor da ABSA. (Daniele Alves)


Links relacionados:




Newsletter diária n.º 908 - 08/03/2007 - http://amanha.terra.com.br/

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Thursday, March 08, 2007

pró-FRANKENETANOL

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http://data.dmregister.com/duffy/details.php?id=2007-03-07



No link acima há uma charge do maior jornal de Iowa, o Des Moines Register, em que se satiriza o "definhamento da produção de milho", uma vez que os planos da Casa Branca para produção de etanol reduziriam a produção nacional de outros derivados. Na verdade, este tipo de argumento é exatamente o mesmo que, quando da produção de álcool combustível no Brasil em 1979, dizia que não valia a pena devido a redução da área para produção de gêneros alimentícios. Ou seja, açúcar e rapadura. O Brasil do passado e os EUA do futuro deveriam, segundo a sagacidade de mula destes críticos, abandonar a viabilidade de produzir a commodity para um mega-projeto de energia alternativa por que a produção não poderia se adaptar.


Além de uma brutal incompreensão dos mecanismos da economia de mercado, que na falta de oferta abre inúmeras possibilidades para inserção de novos produtores mundo afora, descarta o bônus de reduzir nossa dependência (e a deles) dos produtores de petróleo, da OPEP e muitos de seus governos despóticos (toma Chávez!). Não passa de um suspiro do protecionismo moribundo que, diferente do que muitos pensam, também encontra eco nos Estados Unidos da América. Mas lá, muito diferentemente daqui, o país tem líderes que traçam suas estratégias combinando a integração comercial à política de estado. As razões de estado prevalecem sobre a pura ideologia que, isoladamente, perde força. Este projeto da integração alcooleira tem mais probabilidades de alavancar que qualquer fundamentalismo cristão neocon.


Derek Bacon

Um bravo novo mundo se avizinha, a possibilidade desta evolução tecnológica aponta para a produção de etanol a partir de árvores - o Frankentreethanol - que combina a produção energética com o reflorestamento (e este, por sua vez, tem como bônus o seqüestro de carbono da atmosfera).


A criação de um mercado internacional estável para nosso derivado de cana, a possibilidade da reativação da Alca, um convênio para transferência tecnológica, o desenvolvimento da pesquisa, parcerias público-privadas internacionais, exportações brasileiras de matéria-prima, equipamentos, tecnologia em ascensão, prestações de serviços brasileiros etc. são o que lutam contra imbecis que se auto-intitulam "movimentos sociais organizados".


Em que pese todo o progresso tecnológico e institucional alcançado em outras latitudes, nossa América Latina parece mesmo ter uma alma perdedora: a província argentina de Entre Ríos proíbe venda de madeira ao Uruguai devido a construção de uma fábrica de celulose neste país pela empresa finlandesa Botnia. A razão: o temor de contaminação dos rios fronteiriços. Duvido que se fosse na Argentina, algum boicote uruguaio seria aceito de bom grado. Mas, latino-americano não passa de "macho de fôlego curto", tal e qual aqueles poodles que latem sem parar até que se abre o portão e o totó sai em disparada para dentro de casa, junto ao aconchego das pantufas de sua dona. Se há risco de poluição, o mais acertado não é um boicote comercial e sim a avaliação dos mesmos riscos, planejamento de medidas preventivas e de emergência, caso haja algum acidente de percurso, bem como a criação de uma jurisdição internacional cautelar.


O que são 23 mil de vagais (que se estivessem trabalhando não teriam tempo para bestagem) em um país de mais de 280 milhões sedentos por empregos? Abaixo à direita, um "trabalhador" passeia na Av. Paulista junto a mais 5.999 débeis-mentais que entendem de economia e tem plena consciência das necessidades de seu país.

Bruno Miranda/Folha Imagem

Realmente, o cérebro dessa gente deve apresentar uma inescrutável química indecifrável para mim. Só sinto um cheiro estranho quando ouço o que dizem.


Não há panacéia global que se dê através de um processo revolucionário, mas sim reformas graduais, cujo esteio tecnológico vão pouco a pouco criando possibilidades de substituição de recursos que delegam muito poder a poucos. E é isto que o capitalismo, na sua forma mais pura faz, destrói e constrói.







Lembre-se, caro perfeito idiota comunista antiamericano ressentido playboy vagabundo, tudo neste mundo real é comercializável, tudo. Até seu sonho nada vale além de um ícone corrompido.



Após aqueles tiros no peito, isto foi o que sobrou dele.
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Wednesday, March 07, 2007

Curtas

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Da BBC Brasil

07 de março, 2007 - 23h21 GMT (20h21 Brasília)
Manchetes


Quando lemos algo assim, fica claro o hiato entre a cosmovisão dos fundamentalistas maometanos e a visão estratégica de alguns chefes de estado árabes:

Rei da Jordânia cobra liderança dos EUA no Oriente Médio

Abdullah disse que 'ciclo de crise está ganhando força' e EUA 'precisam se engajar'.



E qual é o problema? Por acaso dá para ser amigo de sujeitos como Evo Morales ou Hugo Chávez? Na hora H, o governo boliviano honra contratos? Caracas visa o livre comércio de produtos que não o petróleo? Os EUA fazem muito certo em nos "comprar". Ao menos assim há possibilidade de que sua demanda nos oriente a um surto de prosperidade. O verdadeiro problema (ou inimigo) é interno a países como o Brasil, que têm elites incompetentes e refratárias ao progresso que não seja estatalmente induzido. (Nos EUA, o planejamento estatal não prescinde de apoio aos investidores privados que é, exatamente a via e o método adotados para alavancar o etanol como commodity básica.)

Para EUA, Chávez tenta comprar apoio de vizinhos

Investimentos americanos na região tem caratér distinto, diz representante do país.


Por acaso, esta seria um exemplo de política econômica acertada para a América Latina?

Chávez manda fechar fábrica da Coca-Cola por 48 horas

Venezuela acusa empresa de não pagar impostos; companhia nega alegação.


Crítica americana não pode, já se fosse da ONU ou da França, aí a conversa seria outra...

BRASIL

Para Brasil, relatório dos EUA sobre direitos humanos é 'inaceitável'

Balanço americano apontou 'série de abusos por forças policiais' no país em 2006.


Digamos que sim, o que se tem a dizer sobre algo além de uma simples média? E os extremos, como ficarão?

São Paulo será 13ª cidade mais rica do mundo em 2020, diz estudo

Capital ultrapassará Miami, Hong Kong e São Francisco; Rio cairá no ranking.
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Tuesday, March 06, 2007

A verdadeira integração americana e o desespero dos déspotas

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Pois é, agora pergunte como Fido Castrol planta cana. Com semente transgênica... E o que diz o MST??? Como diria o filósofo Voltaire (da burguesa revolução francesa): "Silêncio! O livro do destino fecha-se para nós..."
Isto é o velho 2 pesos e 2 medidas.
Mas, gringo é muito esperto. Com esta nova iniciativa para as Américas, Bush que sai enfraquecido de uma mal sucedida campanha no Iraque vai encontrar muitos adeptos não declarados na América Latina. Ah! Isso vai... Com eles na jogada, te prepare para um novo e duradouro ciclo de crescimento do agronegócio.
As críticas do ditador cubano e do presidente democraticamente eleito na Venezuela (que está anulando a própria democracia) são tolas. Com um aumento colossal da demanda por etanol, o preço do alimento derivado de milho vai subir, criando grandes oportunidades para novas áreas produzirem. Se insuficientes no Brasil, tem o mundo, a África... E a locomotiva americana é um forte indutor de crescimento e emprego. Mas, a partir de agora passe a reparar nos comentários dos professores de Geografia e verás como serão parciais e tendenciosos, descartando todo e qualquer benefício derivado desta benfazeja integração.
À propósito, o até então maior pesquisador brasileiro do setor, foi contratado pela empresa do ator Morgan Freeman
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"A minha missão é transferir todo o meu conhecimento científico para que a Earth Biofuels possa produzir um combustível competitivo e de qualidade ", diz Dabdoub, que não gosta de ser chamado de "pai do biodiesel", apesar de acumular mais de 15 anos de envolvimento intenso com o combustível, colecionando inúmeros projetos pioneiros de sucesso realizados a partir de testes feitos no campus da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (SP), onde ele é responsável pela coordenação do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologia Limpa (Ladatel).



Pump locations

Ou seja, não foi Bush, nem o Pentágono que deram a cartada antes. É o próprio setor privado americano que dispara na frente deixando o protecionismo para cérebros nacionais de lado. O que importa é o nacionalismo para todos. E, de bônus, o mundo ganha com seu internacionalismo econômico.

a.h



Chávez, Fidel e MST criticam produção de etanol

Claudia Jardim


De Caracas





Fidel e Chávez têm conversado desde que cubano adoeceu







A poucos dias da visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, à América Latina, os presidentes de Venezuela, Hugo Chávez, e Cuba, Fidel Castro criticaram a utilização do etanol como alternativa ao petróleo.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) também criticou a expansão da indústria da cana na América Latina e a aproximação entre Brasil e Estados Unidos na produção de etanol.
O assunto dos biocombustíveis é um dos principais temas da pauta de Bush em sua passagem pelo Brasil, nos dias 8 e 9 de março.
Em uma conversa por telefone com o presidente cubano, na terça-feira, Chávez e Castro ironizaram a utilização de alimentos para produção de combustíveis.
“Você sabe quantos hectares de milho são necessários para produzir um milhão de barris de etanol?”, perguntou Chávez a Fidel, durante a transmissão radiofônica do programa Alô, Presidente.
“Creio que você falou outro dia em 20 milhões de hectares, algo como isso, mas me lembre”, afirmou Fidel, entre risos.
Chávez confirmou a cifra, abrindo espaço para as críticas de Fidel Castro.




“Bom, a idéia de usar alimentos para produzir combustíveis é trágica, é dramática. Ninguém tem garantia de onde vão chegar os preços dos alimentos, quando a soja está se convertendo em combustível (...) é mais uma das tragédias que acontecem neste momento”, afirmou Fidel.
“Me alegro muito que você tenha levantado a bandeira para salvar a espécie. (...) Porque existem problemas novos, muito difíceis e você está como um pregador, realmente, um grande pregador, convertido em defensor da causa, o defensor da vida da espécie, e, por isso, te felicito”, disse Fidel, que conversou com Chávez durante 32 minutos.










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