O ano de 2007 é de bons resultados para as exportações brasileiras de maçãs. Os produtores da fruta destinaram ao mercado externo 110 mil toneladas neste primeiro semestre, quase o dobro do índice registrado no ano passado: 57,1 mil toneladas. As informações são da Associação Brasileira dos Produtores de Maçãs (ABPM). “Este crescimento expressivo nas vendas para o exterior teve como um dos condicionantes a péssima safra européia”, avalia Josemar Moraes, responsável técnico da Associação dos Produtores de Maçã e Pêra de Santa Catarina (AMAP-SC). Segundo Moraes, a Europa foi responsável pela importação de 95% das maçãs. “Lá, a produção foi fortemente prejudicada por geadas tardias, gerando aumento na procura pelos frutos estrangeiros”, explica. Santa Catarina e seus 1,5 mil fruticultores comemoram os resultados – o Estado é o maior produtor de maçãs do país. A boa qualidade do fruto brasileiro, que só tem precedente na colheita de 2000, foi outro fator determinante para ampliar a entrada da maçã no mercado europeu. De acordo com Moraes, o destaque fica por conta das variedades Gala e Fuji, também as mais vendidas para o exterior.
Uma amostra deste bom momento são os resultados da Renar Maçãs, de Fraiburgo, divulgados na última sexta-feira (03). Com uma produção de 36,7 mil toneladas neste ano, a empresa vendeu 7,2 mil toneladas para outros países. No mesmo período do ano passado, as exportações não haviam ido além de 5,5 mil toneladas. Mas apesar do aumento nas vendas para o exterior, os resultados da empresa não tiveram o mesmo desempenho: a Renar fechou o semestre com o prejuízo acumulado de R$ 2,7 milhões. De acordo com a empresa, o resultado negativo no segundo trimestre ocorreu devido aos baixos preços praticados pelo mercado interno. A administração da Renar também anunciou que irá optar por manter em estoque as frutas de melhor qualidade para comercializá-las no segundo semestre dentro do país, a fim de obter melhores preços. (Júlia Pitthan)
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Newsletter diária n.º 1014 - 08/08/2007
