interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Saturday, February 23, 2008

Efeitos de 1972

O colonialismo cessou na África nos anos 60, embora ainda tivesse alguns espasmos nos 70 (Moçambique e Angola) e nos 90 ainda existiam países ocupados como o Saara Ocidental (e disputados pelo Marrocos e Mauritânia). No entanto, inimigos menos visíveis como a malária ainda continuam a ceifar a vida de milhares de crianças em países como a Uganda.

Países integrantes do G-8 já se comprometeram a lutar contra esta epidemia controlando esta doença. Após meio século desde que a doença foi extirpada no Ocidente, ainda temos 10 milhões de infectados e 100.000 mulheres e seus filhos mortos todos os anos. Mas, o combate à doença pulverizando inseticidas ainda é caro demais.

Além disso, grupos de ecologistas baniram o uso de DDT do cenário mundial após a Conferência de Estocolmo em 1972. São justamente os países nórdicos, os mais contrários ao uso deste inseticida. Também pudera, eles estão longe da área endêmica...

A aplicação do DDT é feita nas paredes das residências porque depois de picar, o mosquito pousa nelas. Assim, a droga não entra na cadeia alimentar do ecossistema.



Thursday, February 21, 2008

O que eu vou dizer lá em casa?


Imagem: Ghislain & Marie David de Lossy/AFP/Getty Imagesin www.theglobeandmail.com




Agora que a cidade de Veneza enfrenta a pior seca dos últimos 14 anos, o que dirão os aquecimentistas que até bem pouco tempo atrás vaticinavam que a cidade submergiria frente a elevação do nível dos oceanos decorrente do (suposto) aquecimento global?

Monday, February 18, 2008

Xadrez balcânico*








Tomado isoladamente, o Kosovo não tem maior relevância geopolítica. Claro que em matéria de geopolítica, os efeitos de longo alcance são os que “dizem mais”... Foi através de um ataque de dois meses conduzido pela Otan que se criou ali uma “área quente” no cenário europeu. Formalmente, a investida da aliança atlântica serviu para dissuadir a Sérvia de seus ataques contra kosovares de origem albanesa. Uma vez bem sucedida a operação, com os sérvios expulsos da província, a Otan obrigatoriamente teve que ocupá-la.

As premissas da ação da Otan eram evitar que se repetisse o ocorrido na Bósnia durante os anos 90, quando a Sérvia achincalhou com os muçulmanos da Bósnia provocando um massacre e, para evitar que estados europeus desrespeitassem normas internacionais. A idéia subjacente era respeitar um consenso que tinha nos EUA seu "líder natural". E mesmo sem o consenso da ONU, os EUA mais o apoio de alguns países europeus tomaram as rédeas da situação. Cabe lembrar, no entanto, que os massacres eram perpetrados tanto pelos sérvios contra croatas e muçulmanos quanto estes contra àqueles. Algo comum do Danúbio ao Hindu-Kush. A Iugoslávia do Pós-Guerra sempre foi um "estado artificial" separado do Ocidente por uma tênue linha mantida pelos socialistas (mas, sem a influência soviética observada na Europa Central). Internamente se constituía por três grupos religiosos predominantes, católicos, cristãos ortodoxos e muçulmanos. Devido a sua posição anti-soviética cooperava com os EUA, embora pertencesse ao bloco comunista (a Iugoslávia foi o único país da região a aceitar o incentivo do Plano Marshall).

Com o fim da Guerra Fria e a morte do ditador Tito que comandava com sua mão de ferro as repúblicas constituintes, a "federação iugoslava" também caiu. Não imediatamente, mas após dez anos de sua morte. A democracia, realmente, não funcionou na região.

A missão da Otan visava acabar com o estado multiétnico da Iugoslávia substituindo-o por uma série de pequenos estados independentes e estáveis. O problema é que a maioria desses estados balcânicos tem minorias étnicas expressivas que precisavam ser contempladas com terra e que clamavam por autonomia. Não há nos pequenos estados, grandes maiorias étnicas que permitam tal estabilidade.

Mexer nas linhas fronteiriças do Pós-Guerra tem sido uma tarefa ingrata e perigosa. Do contrário, os húngaros que vivem na Transivâlnia romena, que ainda podem se reintegrar territorialmente à Hungria, turcos do Chipre à Turquia, a Silésia ser retomada pela Alemanha e a Irlanda do Norte separar-se do Reino Unido. Quando a Otan propõe alterar o princípio que contém estes rearranjos, ela está brincando com fogo e induzindo a um efeito-cascata.

Portanto, por melhor que seja a intenção de livrar pequenos estados de um artifício geopolítico chamado "Iugoslávia" implica em mexer em linhas de fronteira historicamente sensíveis. Se o desejo sérvio de agrupar suas porções étnicas na Bósnia foi duramente rejeitado devido às suas atrocidades, deslocando as linhas traçadas ao longo do tempo, por que não outras? Quando os sérvios quiseram repetir seus ataques à Bósnia no Kosovo, os EUA e a Otan se viram na obrigação de intervir.

No entanto, não se chegou no Kosovo ao mesmo nível de atrocidades cometido na Bósnia, apesar do que quer que tenha sido dito pela administração Clinton. Chegou-se mesmo a aventar que centenas de milhares haviam sido mortos para depois se afirmar que foram 10.000, cujos corpos foram dissolvidos em ácido. As análises posteriores nunca revelaram estes números. Mas, o ponto é que no Pós-Guerra Fria, os EUA queriam evitar novos massacres e fazer uma reengenharia dos pequenos estados.

Dois meses de bombardeios sobre o Kosovo serviram para afugentar os sérvios e permitir a ocupação das tropas da Otan. Mas, a força aérea não foi tão eficaz quanto se esperava, assim como a resistência sérvia superou as expectativas. Os EUA tiveram que por termo à guerra e aí entra em cena a Rússia.

Devido à inépcia russa, os EUA iniciaram uma estratégia de isolamento sérvio e persuasão para sua retirada. O acordo consistiu na participação russa na ocupação do Kosovo, os quais caíram direitinho no engodo. O que se configurou numa espécie de traição aos sérvios com a impressão vendida de que os sérvios teriam seus interesses garantidos no Kosovo. Uma força de ocupação Otan-Rússia deveria garantir que o Kosovo permanecesse como parte integrante da Sérvia, o que se sabe, não foi concretizado.

A guerra propriamente dita terminara, mas os russos nunca foram deixados sós neste cenário. Definitivamente, fizeram papel de tolos com uma cenoura amarrada em sua frente sem nunca a alcançarem... Depois, os russos foram excluídos da composição da Força de Kosovo (KFOR) e isolados pela Otan. Quando quiseram examinar o controle do aeroporto em Pristina foram cercados por tropas da Otan.

É importante notar que a ruptura do acordo da Otan e dos EUA com a Rússia significou uma humilhação para Yeltsin, o que ajudou em parte na ascensão de Putin, ex-diretor de política externa deste governo. O empenho atual do ex-presidente Putin no governo significou, também em parte, uma reação ao estado que foi relegada à Rússia. Um país que historicamente se projetou externamente, mas que internamente sempre foi fraco não teria muitas alternativas.

E, particularmente, porque a questão do Kosovo não encontra a mesma guarida teórica dos outros separatismos: trata-se do favorecimento territorial e fronteiriço a uma minoria nacional. Em que pese ser uma maioria local (no Kosovo), no contexto mais amplo é minoria (na Sérvia). Analogamente, seria como endossar um separatismo sérvio na Bósnia também. Outro detalhe não menos importante é que, ao invés de aproveitar a deixa histórica e deixar de mexer no vespeiro, se continua o processo de reengenharia territorial, o que atenta contra os interesses russos. Não há um mandato claro da ONU sobre a questão, apenas os intentos de nações poderosas, porém isoladas como Alemanha e EUA.

O argumento utilizado por Putin, de que esta independência abre um grave precedente ao separatismo checheno, dentre outros, não se sustenta: a Chechenia está acabada. A questão é que tratar o tema com indiferença põe a Rússia em uma posição de complicada desvantagem. A Rússia pode estar se lixando para a Sérvia, mas não admite uma presença mais ostensiva da Otan na região. Esta é a questão.

A posição adotada por Putin foi similar a de um juiz que observa o desrespeito a uma de suas decisões. Além dele, a Lei está sendo desrespeitada. Tal é o caso com o qual Moscou se debate. EUA e Alemanha fazem é desdenhá-lo, o que é inadmissível.

Nesta queda de braço, até agora Moscou está desmunhecando.

Putin se empenhou em alçar a Rússia a mesma esfera de influência que teve a URSS. A Bielo-Rússia está em vias de se reintegrar, a Ucrânia está de sobre-aviso para abandonar qualquer intento de incorporar-se a Otan, o Cáucaso e a Ásia Central estão sendo reafirmados como sua hinterlândia militar, ou seja, não é uma boa hora para testar o poder do gigante das estepes.

Um Kosovo livre fora da alçada da ONU e do poder de veto russo no Conselho de Segurança significa um desafio ao poder de Moscou e uma prova psicológica de sua fraqueza, caso a situação não se reverta. Caindo uma carta, outras podem cair dentro da própria Rússia.

O que é um jogo com possíveis perdas para a aliança atlântica é um jogo de vale-tudo para Moscou. O gás natural que flui para a Alemanha pode ser embargado. Mesmo que parcialmente, isto criaria uma grande crise. Pouco provável, mas isto implicaria em um alto custo aos alemães provando a importância da questão aos russos. Talvez os objetivos de longo alcance sejam estes mesmos, com Moscou levando a melhor num primeiro momento. Posteriormente, seu gás pode ser substituído pelos hidrocarbonetos provenientes do Iraque, parcialmente controlados pelos EUA, o que daria um input significativo a ocupação daquele país no coração do Oriente Médio.

Uma segunda opção é o que chamaríamos de "militarismo light". Suponhamos que Moscou envie para Belgrado, um batalhão ou duas tropas via aérea e depois as mandasse por terra até Pristina. E, para completar, uma esquadra naval pelo Mediterrâneo... Isto não é suficiente para fazer frente às tropas da Otan, mas o que os alemães poderiam fazer contra?

Mesmo que a Rússia não logre retomar o Kosovo para os sérvios ou o retorno à situação original em 1999, uma movimentação assim já seria suficiente para "dar um troco" e ameaçar a reintegração territorial dos estados bálticos. O que a Otan poderia fazer para se opor?

A aventura ocidental nos Bálcãs estaria partindo da premissa que não há um preço (alto) a pagar? Ou a Otan e seus aliados têm algum coringa na manga? A questão no momento é qual o risco visível e substancial envolvido na independência do Kosovo? Sinceramente, o Kosovo não tem lá grande valor, econômico ou mesmo estratégico, mas por a Rússia de joelhos convida Moscou a tentar capitalizar com alguma reação, algum ganho político, como, aliás, já se vem fazendo com outros assuntos há um bom tempo. Neste imbróglio, como ficará a delicada situação da Polônia entre forças opostas e, por extensão, de toda Europa Oriental?

Os alemães não têm cacife para peitar os russos. Não, por enquanto... Os americanos estão focados, como não poderia deixar de ser, no Oriente Médio e nas bordas do mundo islâmico. Para a Rússia, o Ocidente está em dívida com ela desde 1999 devido à traição de princípios e acordos estabelecidos. Por outro lado, uma dura oposição de Moscou levaria a uma, nada interessante, aproximação e fusão de interesses entre Berlim e Washington.

O Ocidente deveria repensar sua posição, mas com a declaração unilateral de independência kosovar, não adianta chorar sobre leite derramado. Uma crise foi deflagrada porque Washington não tem o tema como de grande importância, enquanto que para Moscou é uma oportunidade estratégica. Esta assimetria de percepções é um perfeito caldo de cultura para tensões entre Leste e Oeste. Mais uma vez...





* Traduzido e adaptado de George Friedman. The Asymmetry of Perceptions (just perfect…). http://execoutcomes.wordpress.com/. Acessado em 23 de março de 2008.

Kosovo independente: prós e contras - 2





15 de fevereiro, 2008 - 03h47 GMT (01h47 Brasília)
Tire suas dúvidas sobre a situação em Kosovo

A província sérvia de Kosovo deve declarar sua independência nos próximos dias.


O presidente russo Vladimir Putin afirmou nesta quinta-feira que seria ilegal e imoral a comunidade internacional reconhecer uma eventual declaração de independência da província.
O governo sérvio também já deixou claro que não aceitará uma eventual declaração de independência pelas lideranças albanesas da província.
A BBC compilou uma série de perguntas para ajudar você a entender as principais questões em jogo.

Qual é o atual status de Kosovo?
Apesar de ser formalmente uma Província da Sérvia, Kosovo é administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1999. Mas tem seu próprio governo e Parlamento.
A ONU assumiu o poder depois que uma ofensiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) forçou a saída de tropas sérvias, que eram acusadas de perseguir a população albanesa, majoritária em Kosovo.
Na época, o governo sérvio alegou que suas forças estavam respondendo a um levante de separatistas albaneses armados.

Por que não se chegou a um acordo?
Os líderes albaneses de Kosovo dizem que não aceitam nada menos do que a independência total. Mas a Sérvia responde que quer oferecer apenas autonomia.

O que a ONU propôs?
Em abril, o enviado especial da ONU, Martti Ahtisaari, apresentou um plano que oferecia a Kosovo uma "independência supervisionada".
Segundo o plano, agências internacionais levariam gradualmente Kosovo à independência completa e à entrada na ONU.
Isso evitaria que Kosovo se anexasse à Albânia ou tivesse suas regiões de predominância sérvia separadas para se tornarem parte da Sérvia.

Algum país se opõe ao plano de Ahtisaari?
A Sérvia e a Rússia são os principais opositores.
A Sérvia rejeita a declaração de independência afirmando que é "um ato de separação evidente e unilateral, de uma parte do território da República da Sérvia e... então sem validade".
O presidente russo Vladimir Putin já deixou claro que o reconhecimento de uma declaração unilateral de independência "seria imoral e ilegal".
A Rússia é, tradicionalmente, uma aliada da Sérvia e teme uma expansão da União Européia na região dos Bálcãs. O bloco ofereceu, recentemente, um acordo interino a Belgrado, o que abriria caminho para a integração à União Européia.
Bósnia-Herzegovina e Montenegro também são contra.

Quando Kosovo deve declarar sua independência?
Ainda não foi estabelecida uma data, mas espera-se que a independência seja proclamada no dia 17 de fevereiro, depois de uma sessão especial no Parlamento de Kosovo.
Os Estados Unidos e a maioria dos membros da União Européia são favoráveis à independência e devem reconhecer o Kosovo como país independente quase imediatamente.
O plano de Ahtisaari prevê um período transitório de 120 dias após a declaração de independência, durante o qual se adotaria uma nova Constituição e medidas para garantir os direitos da minoria sérvia.
A independência de Kosovo seria efetivada depois desse período transitório.

Se Kosovo declarar independência, o que vai acontecer com a minoria sérvia?
Os sérvios são predominantes em Kosovo no norte do território, na região do Rio Ibar. Estima-se que 120 mil pessoas façam parte desta minoria.

Veja o mapa das regiões de Kosovo


Há o risco de os sérvios da região responderem a uma declaração de independência proclamando sua própria autonomia, erguendo barricadas nas estradas principais e criando verdadeiras fronteiras.
Segundo o plano de Ahtisaari, a minoria sérvia teria representação garantida em governos regionais, no Parlamento, na polícia e no funcionalismo público de Kosovo. A Igreja Ortodoxa Sérvia também teria um status especial.

Existe o risco de violência?
Soldados da Otan, que são 16 mil na região, aumentaram o nível de alerta especialmente em áreas onde existe convívio entre as etnias. Comandantes prometem mais patrulhas.
A questão mais importante é se estes militares poderão controlar pontos como a principal cidade do norte, Mitrovica, onde vivem sérvios, ou áreas ao sul, onde vivem membros da etnia albanesa.
A aliança foi fortemente criticada em 2004, quando as tropas de paz não conseguiram reprimir ataques de kosovares albaneses a sérvios.

Até que ponto a violência poderia se espalhar?
Na pior hipótese já imaginada, os 60% de kosovares sérvios que vivem ao sul do Rio Ibar seriam retirados violentamente de suas casas, enquanto os kosovares albaneses que vivem no norte seriam expulsos.
Mas a violência pode ir além. Há grandes comunidades albanesas vivendo na Macedônia e em Montenegro, que poderiam, em teoria, pegar em armas e lutar por uma união com Kosovo.
O primeiro-ministro da Sérvia também já sugeriu que o país poderia responder anexando a parte sérvia da Bósnia a seu território.

A ONU vai sair de Kosovo?
A União Européia deve gradualmente assumir muitas das funções da ONU, mas há a expectativa de que a organização mantenha alguma presença no território no futuro próximo.
O bloco europeu pretende enviar uma missão de 1,8 mil policiais e juízes a Kosovo.
Eles também planejam ter um "escritório internacional civil" no território, cuja função seria supervisionar a implementação do plano de Ahtisaari.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/02/080215_kosovoqandafn.shtml#1

Sunday, February 17, 2008

Kosovo independente: prós e contras


Putin diz ter plano, caso a independência do Kosovo seja reconhecida pela ONU.



[Entenda a disputa nos Bálcãs de fins do século XIX aos dias atuais aqui.]


Kosovares muçulmanos de origem albanesa, que correspondem a 90% da população da região atacaram manifestantes sérvios nos anos 80, o que levou o então presidente sérvio Milosevic a ameaçar a etnia majoritária.



Embora os EUA e a maioria dos países da UE proponham o reconhecimento de um Kosovo independente, alguns países da comunidade européia são contrários: Eslováquia, Espanha, Grécia, Chipre e Romênia.


Reuters
Albaneses do Kosovo exibem bandeiras a dias de província anunciar independência




...



O plano de Putin, provavelmente, consiste no corte de fornecimento de energia da Sérvia ao Kosovo, mas isto também atingiria a Macedônia, país vizinho e ex-república iugoslava. Cerca de 40% da energia da recém auto-declarada república independente nos Bálcãs depende da Sérvia. Isto seria o suficiente para devastar sua economia e fazê-los padecer de frio no inverno daquela região montanhosa.


À Macedônia ainda existem alternativas, como importar energia da Bulgária ou da Grécia. No entanto, a própria Grécia não tem uma fonte de abastecimento estável e, vez por outra, vive às voltas com blackouts. Já a energia da Bulgária teria que passar pelos mesmos ramais sérvios. O Kosovo, por sua vez, poderia importar a sua da Bósnia, mas esta teria que passar pelo Montenegro, república até bem pouco tempo unificada à Sérvia e dominada pelo Republika Serbian - Srpska - e que conta com uma infra-estrutura sofrível. Ainda, tanto as redes de eletricidade kosovar e macedônia não apresentam compatibilidade com outras tendo que criar alguma forma de adaptação em um curto período.


Se a Sérvia não tem, efetivamente, como fazer a roda da história girar para trás, sua expectativa consiste no desgaste ao levar kosovares a migrar para a Albânia. Nuvens negras no front...